sábado, 24 de maio de 2008
Balada de um amor trash
Por que há muito o que melhorar...
Te amo,
Na infinitude do momento,
Na busca incessante da outrora.
No murmúrio ressoante do vento...
Na diferente mesmice do agora.
Te quero,
sem saber o porquê do lamento,
de não te ter toda hora.
Na luta infeliz, não agüento,
meu peito se abre e chora...
Te amo...
Sem refrear julgamentos
de uma boba que te adora,
Tendo por maior invento
um sentir que me deflora
Te quero...
Sem conhecer sentimentos
Que me povoam dentro e fora,
Meu coração avarento
Não entende e te implora...
domingo, 16 de março de 2008
Na água dos olhos...
Se toma concreta essa abstração que chamam tristeza. Comum a todos os viventes. Presentes na água dos olhos, que ainda não está a precipitar. Ainda não. Tanto saber por ser sabido. Do mundo, do tempo, de tudo. Do amor nem se fala. Dele nada se sabe. Tudo se sabe. Apenas. Tanto mais conhecer, tanto menos acúmulo. Cumbulus escurecem. Ininteligível. Quase redundante. Incompreensivelmente, às vezes o entendo. Dois minutos depois, percebo. Nada a entender. Para quê perder tempo com isso. Fato.
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