segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Tempos contados...



No fundo, um rumor enfrenta o vazio. Brigam, debatem-se, estranham-se amam-se. Perfeitamente brutal. O sangue que corre nas veias geladas de preocupações, correrias, ajudas febris, se omite do rosto espalmado, da vida em estado de luz ou suores. Eternos princípios fugazes, que se estendem mais que o esperado, fazem voltar-se e olhar para trás. Sem rodeios, ou mesmo ironias, as sagas viventes que seguem proferindo as lamúrias solidárias. Achados de lanças do mato, forças tiradas de olhares que cortam o vento da pista fria. Ela queima ao sol. Enlouquece. O barulho, os lugares, o novo, o belo, o encanto do todo, do meio, do extenso que vai. O cômodo que dá de presente, assusta. Não dá. Já não é mais. Tempos contados, migalhas de vida, lambida pela boca da sorte.O que fazer? Lutar ou correr... ficar ou vencer... disparar ou perder... Dicotômica é a vida. Vou passando por ela na corrida, atrás dos sonhos, do mundo, do ônibus. Pare pra pensar, pare pra sonhar, pare pra estar. Somente estar. Barras repetidas, produto de mim. Como montar, construir, agrupar o que não é reflexo. Formações, estão por todos os lados. Ainda mais as do meu ser. Formações rochosas de mim, do meu querer. A vida. Luta, corre, escreve, senão vai atrasar. O plano, o existir, a chegada.

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