terça-feira, 20 de julho de 2010

Ora pra quê?

Intento. Me tentaram porque não era para ser. Eu sou.
O que voc
ê não precisa, sabe. E nem precisaria. Busca, caminho, intenção. Se me olha, me responde, me ajuda. O que quer que eu seja, jamais vai descobrir. Estou além do impensável. Certeira, estimulo, crochê. Como minha vó já me dizia. “Minina se aqueta e ama!”. Pra quê? Pelo prazer, pelo vivido, pelo sofrido. O experimentar. No assentamento das minhas idéias, invado tua essência pra tentar permitir teu eu em mim. Pra quê? Há perguntas sem respostas. Há clichês que não se repetem. Depende das interpretações. Sou o que eu pensar. O vazio, a noite, o sol. Basta me emprestar a luz, pra eu mostrar os infinitos do teu escuro. Me faz felicidade, já sou. Pequena, enrustida num copo d’água, num vaso de flores, em quatro toques, algumas letras. Espaço. Entre mim, entre você. A procura, o alcançar, o perder. Pra quê? Poderia até encontrar o que eu ainda não perdi. Mas ficaria completa demais. Essas coisas não me atraem. Não ter é melhor que estar. O movimento é instigante. Me balança nos teus braços fortes, seguros, de sopro. Me banha na tua chuva de ansiar. Intento. Pra quê? Vai saber...

Nenhum comentário: