domingo, 26 de junho de 2011

A exata medida da ressaca


Despertar parece ato cada vez mais adiado. E quando acontece, um formigamento mental se instala, o quarto roda e as lembranças da noite anterior consolam o mal estar. Uma veia percorre a tez e pulsa compulsivamente. Toda uma cabeça pesa e os membros molengozos sentem necessidade de acolchoar-se. A vista ainda é turva e um enjôo constante, com picos de náuseas semi-vômitos, persiste.


Mesmo regada frequentemente, a desidratação, parece ali infinita. Pugilistas, que você desconhecia a existência, continuam a esmurrar internamente sua cabeça. Um sorvete chega ao estômago e parece forasteiro recebido com festa espalhafatosa que precede sacrifício, expulsão. A menos que todo esse conjunto de sensações não venha acompanhado pelo peso de ter se excedido em atos e palavras, além do álcool, no dia seguinte está tudo certo.


Ouvir seu pai ironizar: “tá de ressaca, minha filha?!”, talvez seja a pior parte. Só resta esperar pela próxima hora de beber e se divertir com os amigos. O domingo se espreguiça lentamente e toma um susto quando o celular toca. Outro convite para a farra. É, não precisava ser tão rápido. A sede é mais forte e o aceite sai. Dessa vez,nada de brincar de hibridismo etílico - chopp de vinho, cerveja, tequila ou whisk têm sabores melhores se degustados unicamente, tsc tsc. É preciso crescer e tomar escolhas por noite. Anotar pra não esquecer isso no próximo sábado.


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