domingo, 10 de abril de 2011

Meu estar eternamente musicado


Na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença, na riqueza e na pobreza, etc etc etc. As antíteses mais clichês que celebram a união, talvez sejam boas ilustradoras do que tenho pra falar. Desde que nasci pra esse viver desregrado, me amancebei com a música. Temos uma relação promíscua e fiel. É na intensidade dos versos que afundo meus pensamentos. É na levada dos tons que flutuo cada sentir. Dor, raiva, euforia, ócio, nervosismo, cansaço, paixão, vertigens.

Ok, beijos. Essa é a hora de rasgar a folha e dizer, medo, que texto droga. Só deu vontade de montar uma listinha que contivesse, minimamente, meus sentimentos bobos e cantados. E como toda mulher é sentimento, e leia-se aí amor, separei com muito pesar, um bocadinho de vida em instantes-representações musicados. Escolhi canções, vivências em letras rimadas. Penetrações na voz tocável de cada artista. Muitas se perderam pelo caminho. Mas todas embalaram choros, sonos, prazeres, escritas, passados, esperanças, lembranças, fins, recomeços, flores, arrumações, momentos. Não estão por ordem de importância, pois mensurar afetividade é tarefa impossível.

Algumas já escutei tanto, que decorei, enjoei, esqueci, retornei, aprendi. Ficava às vezes abismada, como uma letra podia dizer tanto pra mim, sem nem me conhecer. Como interpretações, velhas ou novas, podiam emocionar agoras. Como alguns versos podiam ter sido vividos ou escritos por mim. Sacrifiquei as favoritas de luta, pelo número que estabeleci, e pela intimidade das outras. Justifico assim meu post individualista e meloso. Mas é de micros que o macro se constitui.

Segue então uma subjetividade cantada por outras vozes. Por que como a letra, mais uma vez bethaniana, vício, diz:“se não fosse a canção, quantas vezes a vida, seria pesada demais pra batida do coração...”.



Nenhum comentário: